A taxa Selic a 4,5% muda tudo!
A taxa Selic “desceu a escada”, atingindo 4,5% a.a., e isso muda tudo!
No nível mais baixo da história brasileira, o juro doméstico vem permitido as empresas aumentarem prazos e reduzirem custos das dívidas. Até empresas exportadoras, tradicionais tomadoras de crédito em dólares, vem preferindo tomar linhas em reais, pré-fixadas se possível, para evitar contabilizar despesas de variação cambial (que reduzem o lucro), em caso de alta da taxa de câmbio R$/USD.
Fonte: https://www.bcb.gov.br/estatísticas
Por que isso ocorreu? Aproveitando a melhora drástica na percepção de risco Brasil (CDS de 5 anos a 100 pontos base), os juros internacionais muito baixos (Treasury, título do governo americano, de 10 anos a 1,6% a.a.), a multiplicação das soluções de crédito via mercado de capitais e fintechs e a redução dos spreads bancários, o Banco Central está buscando (e conseguindo!) retomar a atividade econômica e o crescimento do PIB, esperado para 2,3% em 2020 e 2,5% em 2021 (veja anexo).
O que preocupa é o câmbio acima de R$ 4,00 e seu potencial efeito na inflação, esperada ser 3,5% este ano (IPCA, boletim Focus 27/01). Pois muitos insumos produção, custos de matérias primas e tarifas são indexadas a câmbio e tendem a subir se o câmbio persistir alto. E, no limite, isso poderia interromper esse ciclo positivo obtido via juros baixos.
Para as pessoas físicas, há duas boas alternativas (após conseguir poupar, é claro!). Uma, é virar credores, comprando títulos de dívida ou cotas de fundos (de crédito ou imobiliários, por ex). Outra, é estudar e aprender a investir em ações, montando sua própria carteira de ações, como pequenos aplicadores fizeram em 2019, quando a B3 abriu 865 mil novas contas. Também é possível escolher bons gestores e fundos consistentes (que performam recorrentemente melhor do que seu benchmark).
Segundo pesquisa recente do BofA junto a 25 gestores de fundos na América Latina (veja anexo), a expectativa da maioria é de que o Ibovespa alcance 130 mil até o final do ano, e que o câmbio fique entre R$ 4,0 e R$ 4,20. Ontem (27/jan/20), o Ibovespa fechou a 114.481 pontos, com queda de 3,29%, refletindo decisão de Pequim de proibir viagens ao exterior de turistas chineses, por temor à disseminação do Coronavírus. Um investidor que tivesse montado ontem uma carteira de ações igual ao Ibovespa, teria espaço para ganhar 13,55% de rentabilidade, sem contar dividendos e bonificações (se a bolsa chegar a 130 mil pontos). Para o estrangeiro, a volta do câmbio a 4,0 R$/USD, ainda daria um ganho bruto adicional de 5%, se ele tivesse ingressado com câmbio a 4,20 R$/USD.
Ou seja, o Brasil está ficando um bom país tanto para investimentos financeiros (especialmente em renda variável ou com mais riscos), quanto para investimentos produtivos, com o reaquecimento da economia.
Para os mais céticos (e menos otimistas), crescem as seguradoras e disseminam-se os mais variados tipos de seguros financeiros e para os negócios. E seguem existindo os derivativos, que podem (e devem!) ser usados para proteger uma carteira de ações (especialmente via opções) e o resultado das empresas (via NDF, futuros e opções). Vale salientar que nunca foi tão barato comprar NDF de dólar do Brasil, em função da queda do diferencial entre os juros em reais e os juros em dólares (historicamente, o custo era de 10%; hoje é menos de 2% a.a.).
Entre em contato com a Damke e saiba mais como aproveitar as tantas oportunidades de investimento e financiamento que o atual contexto brasileiro está propiciando, bem como gestão de riscos via derivativos e seguros.
Material preparado pela Damke Consultoria e Treinamento, anexo de publicação, em 28/jan/2020.