Epidemias e o mercado financeiro
O efeito da epidemia nos mercados financeiros”: excelente relatório do BTG Digital, que mensurou o efeito de epidemias nas bolsas e índices de ações pelo mundo.
Os índices de ações caíram, especialmente nos mercados emergentes, no auge de 5 grandes epidemias: SARS (2002-3), Gripe do Frango (2006), Gripe Suína (2009), Ebola (2014), Zika (2016) e Corona (2020). Após 3 meses, a maior parte das bolsas (exceto no Ebola) já tinha voltado ao azul e, após 6 e 12 meses, investidores resilientes tiveram expressivos ganhos de 2 dígitos, exceto no Ibovespa quando do Ebola (2014).
Então, “a festa é nossa e o investidor estrangeiro não vem”, cf. já havia dito Ilan Goldfajn. Pelo contrário, foi embora, desvalorizando o real em 3,5% em jan/2020, e registrando a maior saída líquida de investidores estrangeiros da B3 desde 2008. Ou seja, a música desta festa é rock “pauleira” (e não valsa!), “vol é vida” (@HeloCruz) e preço importa. Então, podemos encontrar boas oportunidades de investimento mas precisamos estar preparados para bastante volatilidade e carteiras batendo limites de VaR e stop loss.
O uso correto de derivativos pode servir de “air bag” até a tempestade passar. E vamos torcer para o Corona vírus não ter os impactos negativos do Ebola no Ibovespa.