O BC anunciou que fará leilões de swap cambial e dólar à vista. Pelo lado do BC, a principal diferença é o impacto nas reservas internacionais (veja os gráficos). Do lado do mercado, afeta as expectativas em relação à sua demanda por hedge e a disponibilidade de dólares à vista.
Swaps são derivativos, contratos financeiros em que se trocam taxas de juros. Nestes, o BC pode ficar comprado ou vendido na variação cambial (VC) R$/USD (veja tabela abaixo).
O Swap Cambial afeta pouco as reservas internacionais, pois seu efeito neste caixa em dólares é apenas a diferença entre a VC R$/USD e a taxa Selic no período, sobre o montante em dólares leiloado pelo BC. Mas swaps tem se mostrado pouco eficazes para segurar o câmbio.
Com o dólar acima de R$ 4,00, o #BC anunciou nesta quarta-feira leilão de dólares à vista ou “spot”, que não fazia desde fev/2009. Este tipo de leilão virou tabu, por temor quanto ao seu impacto nas reservas internacionais, que ajudaram o Brasil virar investment grade, em abr/2008, atraindo investimentos e reduzindo o Risco País.
O câmbio no Brasil é flutuante desde jan/1999, e o BC atua para reduzir sua volatilidade. A autoridade monetária afirma que objetivo agora é prover liquidez ao mercado à vista e nada muda na política cambial.