Por Liliam Toledo
Após pronunciamento do governo russo em 05/09, sobre o corte de distribuição de gás na Europa, vale voltarmos um pouco no tempo, e entendermos como chegamos até aqui. Desde fevereiro, quando a Rússia iniciou sua invasão à Ucrânia, a Europa sentiu o peso da situação precária de abastecimento de gás.
Em um primeiro momento a União Europeia (UE) e outros países ocidentais se organizaram para aplicar sanções ao petróleo russo, no entanto, o gás encontrou-se em um momento mais delicado, dado que as principais economias europeias, como a Alemanha, são dependentes do gás vindo da Rússia.
Para entender a dimensão desta dependência energética, a UE importa 90% do total de gás consumido na região, sendo a Rússia provedora de cerca de 45% dessas importações em 2021. Com importações russas superiores a 80%, Áustria e Polônia são os países mais afetados, seguidos pela Alemanha com 50%.
Adicionando ainda mais incertezas ao cenário, um dos principais oleodutos, localizado na Noruega, entrou em período de manutenção, tendo sua capacidade reduzida em cerca de 130 milhões de m³/dia.
O que esperar?
Especialistas de mercado, consideram que a Europa terá um período de 18 a 24 meses de alta nos preços do gás e eletricidade, a expectativa é de que o mercado retorne a normalidade a partir de 2024/2025.
Abaixo a volatilidade do preço do gás regionalmente:
Como resultado, as bolsas europeias começaram a semana em queda, o euro caiu abaixo do limite de US $0,99. A queda do euro nos últimos meses acende um alerta quanto ao câmbio para empresas com esse perfil de dívida.
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