Perspectivas para Açúcar/Etanol, Milho e Soja e um olhar para o mercado de biocombustíveis

Damke News

Nos Estados Unidos, a indústria petrolífera e o agronegócio, dois setores da economia que sempre tiveram fortes disputas nos lobbies do congresso americano quanto ao uso do etanol de milho nos combustíveis, resolveram se dar as mãos.

Enquanto os carros elétricos seguem se tornando uma realidade crescente no mundo, os biocombustíveis estão se tornando uma alternativa extremamente viável para o mercado norte-americano (Fonte: https://www.bloomberglinea.com.br/agro/industria-do-etanol-ganha-apoio-de-um-antigo-inimigo-nos-eua-o-setor-de-petroleo/)

Pressões junto ao congresso americano seguem para o etanol ser adicionado aos combustíveis, inclusive no inverno. E o Biodiesel, combustível produzido principalmente a partir do óleo de soja, tem recebido atenção especial do governo de Joe Biden, visando um processo de descarbonização dos transportes de carga pesada e marítimo, conforme preconizado pela EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA).

Esta notícia soa como música para o agronegócio brasileiro: estamos falando da maior economia do mundo aumentando seu consumo de milho, etanol e soja (origem do biodiesel), o que naturalmente deve trazer reflexos positivos para a cotação destas commodities nos próximos anos.

A indústria sucroalcooleira do Brasil, concentrada na região Centro-Sul, está sendo a grande fornecedora global, com a suspensão das exportações de açúcar da Índia, a quebra das safras de açúcar de beterraba dos EUA e México, e da cana-de-açúcar da Tailândia, tendo surfado uma grande alta de preços. No caso do etanol, apesar dos bons volumes exportados para Coréia do Sul, Países Baixos e EUA, os preços estão em baixa, e uma recuperação seria muito bem-vinda.

Falando de Biodiesel, a ANP já antecipou o B15 para mar/25 (15% de biodiesel no diesel vendido nos postos), e existe um projeto de lei no nosso Congresso para que este percentual atinja 25%. Se a safra de soja não atingir os 160 milhões de toneladas inicialmente estimados, e o Biodiesel aumentar sua demanda, o complexo soja (grão, óleo e farelo) pode apresentar uma alta superior às expectativas.

Um destaque especial: nossa produção de etanol a partir do milho. Surpreenda-se:

·         “A produção brasileira de etanol de milho deve alcançar 6 bilhões de litros na safra 2023/2024, alta de 36% em relação ao ciclo anterior e de 800% nos últimos cinco anos, de acordo com projeções da União Nacional do Etanol de Milho (Unem)”.

  • “A cana tem 54% menos açúcar do que o milho. Ou seja, 1 tonelada dela só faz 89,5 litros de etanol. Apesar de ser mais difícil transformar em açúcar as moléculas de amido, o milho produz mais sacarose e álcool. Uma tonelada rende 407 litros de etanol. A diferença basicamente está no rendimento, sendo que em relação ao combustível é o mesmo produto, ou seja, a molécula de etanol é uma cadeia carbônica que não possui diferença, independentemente de onde a matéria-prima é oriunda”. (fonte: https://www.cnabrasil.org.br/noticias/milho-invade-as-industrias-de-producao-de-etanol)

·         Além do Etanol, uma tonelada de milho pode também gerar até 18 litros de óleo de milho e 300 quilos de DDG (“Dried Distillers Grains – Grãos Secos de Destilaria”, espécie de farelo de milho).

E sim, temos algumas perspectivas pessimistas para estas commodities. Com tudo isso que apresentamos acima, você se sente confortável para estimar os preços futuros de açúcar e álcool para 2025? E para o milho e soja, alguém se arrisca?

Se a volatilidade aumenta os riscos do seu negócio, a Damke Consultoria pode lhe auxiliar a se proteger. Somos uma empresa de consultoria e treinamento com uma carteira de clientes dos mais diversos ramos (agronegócio, metais, tradings, construtoras etc.), que incluem empresas listadas na B3. Prestamos serviços de consultoria e treinamento em Hedge via uso de derivativos e Gerenciamento de Risco e VaR.

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