Em março deste ano o dólar chegou a ser cotado em R$ 5,80, em abril ficou em R$ 5,40 e encerrou maio em R$ 5,22. Na primeira quinzena de junho, manteve trajetória de queda com moeda chegando a ser cotada em R$ 5,03.
Este movimento reflete uma conjuntura externa favorável, na qual há uma forte liquidez nos mercados internacionais após os amplos programas de estímulos econômicos.
Em conjunto com o avanço da vacinação e os processos de reabertura de diversos países, observamos a retomada da atividade econômica global que eleva as exportações. A alta dos preços das commodities metálicas e agrícolas registradas desde o início do ano também favorecem nossa balança comercial.
No cenário doméstico, o movimento de alta da Selic (taxa básica de juros) contribui com a entrada de dólares no país dado um ambiente menos avesso ao risco em mercados emergentes. Além do conjunto de expectativas positivas em torno do crescimento da economia brasileira, que no primeiro trimestre de 2021 registrou um crescimento de 1,2% em relação ao quarto trimestre de 2020, surpreendendo as projeções.
Uma evidência disso é que CDS (Credit Default Swap) brasileiro de 10 anos está de volta aos 240 pontos, após bater 370 pontos em abril/2020, como se pode ver no gráfico abaixo. Isto indica a redução do prêmio exigido pelos investidores para comprar títulos de emissores do Brasil, tais como o Governo, bancos e empresas não financeiras. O CDS é um derivativo de crédito, que protege um investidor (credor) de um possível calote do emissor (devedor) e recompõe o fluxo de caixa a receber total ou parcialmente, em caso de default ou rebaixamento de rating (dependendo de como for negociado, já que é um derivativo de balcão, customizado entre as partes).
No relatório Focus divulgado em 14/junho, o crescimento para o PIB em 2021 foi novamente revisto para cima, indicando uma expansão de 4,85% ante 4,36% do resultado anterior.
Neste contexto, o hedge cambial segue tendo muita importância para as empresas e investidores locais que podem ter impactos adversos em seus negócios e em sua rentabilidade em função dos altos e baixos da taxa de câmbio.
O hedge cambial de receitas de exportação (que geram menos reais com a queda da taxa R$/USD) pode ser feito tanto via derivativos quanto via contratação de dívidas em dólares para o mesmo prazo e volume em dólares dos recebimentos. Assim, pode-se estabilizar os fluxos de caixa e garantir as margens e a rentabilidade do negócio.
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Fonte:
– Relatório Focus – Link
– BrInvesting – Link